domingo, 18 de julho de 2010


O MARTELO DE DEUS

É o registro histórico das lutas travadas contra os soberanos selêucidas para obter a liberdade religiosa e política do povo judeu.
Seu título vêm do apelido de Macabeu do apelido do mais ilustre filho de Matatias, Judas, chamado o Macabeu “Martelo”.
Olíder dos Macabeus, quando o governo Selêucida do rei Antioco IV lhe ordenou que oferecesse sacrifício aos Deuses gregos, ele não apenas recusou, mas matou com as suas próprias mãos alguém que avançou para sacrificar.
O relato do primeiro livro dos Macabeus fala de quarenta anos, desde a ascensão de Antíoco Epífanes ao poder, em 175 a.C., até a morte de Simão e o início do governo de João Hircano em 134 a.C. Foi escrito em hebraico, mas só foi conservado numa tradução grega.
Seu autor é um judeu da palestina, que escreveua obra depois do ano 134 a.C., mas antes da tomada de Jerusalém por Pompeu em 63 a.C.
As últimas linhas do livro indicam que ele foi escrito não antes do final do reinado de João Hircano, mais provavelmente pouco depois de sua morte, por volta de 100 a.C.
Ambos os livros foram transmitidos em grego, mas o Primeiro Livro dos Macabeus teria sido, provavelmente, traduzido de um original hebraico, que se perdeu.
Macabeus é um dos livros deuterocanônicos do antigo testamento da Bíblia católica.Possui 16 capítulos.
Os livros não constam na Bíblia Hebraica e são considerados apócrifos pelos judeus e pelas Igrejas protestantes. Na Igreja Católica, porém, foram incluídos nas listas dos sete livros deuterocanônicos.
O tema geral dos dois livros é o mesmo: descrevem as lutas dos judeus, liderados por Matatias e seus filhos, contra os reis sírios (selêucidas) e seus aliados judeus, pela libertação religiosa e política da nação, opondo-se aos valores do helenismo.
O Primeiro Livro dos Macabeus ocupa-se de um período mais amplo da guerra de libertação do que o Segundo Livro dos Macabeus. Começa com a perseguição de Antíoco Epífanes (175 a.C.) e vai até a morte de Simão (134 a.C.), o último dos filhos de Matatias.

Depois de uma breve introdução sobre os governos de Alexandre Magno e seus sucessores (1,1-9), o autor passa a mostrar como Antíoco Epífanes tenta introduzir à força os costumes gregos na Judéia (1,10-63). Descreve a revolta de Matatias (2,1-70), cuja bandeira da libertação passa primeiro a Judas Macabeu (3,1-9,22), depois a seu irmão Jônatas (9,23-12,53) e por fim a Simão (13,1-16,24).
Graças a estes três líderes, a liberdade religiosa é recuperada, o país torna-se independente por um breve período e o povo torna a gozar de paz e tranqüilidade.
Os eventos da guerra dos Macabeus formam a base para o feriado da Chanuca, que é celebrado 25 de Kislev do calendário (Novembro e fins de Dezembro) judaico.
Embora não faça parte da Bíblia Hebraica, os dois livros são muito estimados dentro do judaísmo e de grande valor para a história dos israelitas, além de serem utilizados como fontes de consulta pelos teólogos protestantes.

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