quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cartas gerais

Cartas gerais assim chamadas pela igreja primitiva são por que não foram destinadas a uma igreja especifica, sendo destinadas a todos os crentes as doze tribos da dispersão, provavelmente, todos os judeus cristãos “naquela época remota”.


EPISTOLA DE THIAGO

Autor: Thiago (irmão so senhor) Data: 45-50 A.D

Autoria:
São quatro os Thiago identificados no novo testamento:
• Thiago filho de Zebedeu uns dos doze ( e irmão de João ) ( Mc. 1.19; 5.37 );
• Thiago filho de Alfeu, também um dos doze (Mc 3.18);
• Thiago, pai de Judas (Lc 6.16; At 1.13);
• Thiago, o irmão do senhor (Gl 1.19);
Mais somente dois tem sido propostos como autor desta carta – Thiago filho de Zebedeu (e irmão de João), e Thiago meio irmão de Jesus. Tiago filho de Zebedeu e irmão de João foi morto por Herodes (At 12.2). O Senhor apareceu a um Tiago, depois da ressurreição (1Co 15.7) e, se bem que não esteja declarado, parece seguro admitir que se trata do Tiago seu irmão, Mt (13.55 e Jo 7.5. Fossem os últimos acontecimentos da vida de nosso Senhor, fosse Sua morte, ou essa aparição depois de ressurreto, algum desses fatos contribuiu para a conversão dele.
Como o autor se identifica como Thiago Servo de Deus e do senhor (1.1), revela sua posição de destaque na obra, sendo aceito como o Thiago meio irmão de Jesus e dirigente da igreja de Jerusalém, o mesmo que discursou em Jerusalém no concilio (At 15.13-21). Existem descrições dele em outras passagens (t 12.17; 21.18; Gl 1.19; 2.9,12; 1 Co 15.7).

Data da escrita da carta
O mais aceito e provável e que a carta tenha sido escrita por volta de 40 D.C, sendo uma data tão remota vários fatores contribuem para esse pensamento, ele usa a palavra grega synagoge ( sinagoga) para falar do local de reunião dos cristãos segundo o historiador Josefo Thiago foi martirizado em Jerusalém, em 62 d.c.


PRIMEIRA ESPITOLA DE PEDRO

Autor: Pedro Data: 66 A.D
Autoria:
A autoria petrina de vez em quando é posta em dúvida nesta epistola, apesar de aceitar-se geralmente de um documento autêntico do apostolo Pedro.
As dificuldades alegadas baseiam-se na correção da linguagem e do estilo e na sua forma, pois um pescador Galileu “iletrado e ignorante “não poderia ter feito tal obra.
Mais tais dificuldades se dissipam á vista de (5.12), quando a redação da carta e desempenhada por Silvano que mencionado em (1Ts 1.1 e 2Ts 1.1) como colaborador de Paulo e Timóteo, o Silvano das epistolas é o mesmo que se menciona em atos dos apóstolos (At 15-18). Pois no primeiro século era costume generalizado empregarem-se escribas ou Amanuenses (Escrevente e copista) na redação de documentos. Silvano seria o responsável pelo teor literário, arranjo e estilo da epístola. As idéias foram de Pedro; a linguagem e o estilo foram de Silvano.

Destinatários
Esta carta é destinada a “forasteiros da Dispersão”, no ponto, na Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (1.1) crentes que, como o antigo Israel, haviam sido espalhados pelo mundo embora os leitores originais da carta fossem predominantemente gentios, em origem, ao invés de judeus (1:14; 2:9; 4:3-4). Sua situação era de provação e sofrimento (4:12).
O sofrimento não devido a perseguição imperial mais sim aos sofrimentos comuns a crentes que vivem fielmente, numa sociedade pagã e hostil. São perseguições de varias formas de calúnia, distúrbios intervenção policial e ostracismos social (expulsão política e o exílio). Os leitores desta carta são encorajados a se regozijarem em tais provações e a viverem acima delas.

Propósito
Seu propósito é prático é notável pela doçura, a bondade e o amor humilde com que está escrita da um resumo breve, embora claro das consolações e instruções para estimular e dirigir o cristão e sua viagem ao céu, elevando seu desejo e seus pensamentos e seus desejos a essa felicidade e fortalecendo-o em seu caminho contra a oposição procedente da corrupção interior e tentações e aflições exteriores.

Ocasião
"Babilônia (1Pe 5.13)". Nos tempos apostólicos conheciam-se duas cidades com este nome. Uma ficava no Egito, sendo provavelmente um posto militar do Império Romano, no local onde hoje é a cidade do Cairo, mais não existe nenhum registro das missões e da tradição que havia uma comunidade de cristãos ali naquela época muito menos que Pedro tenha estado ali.
A Babilônia do Eufrates é considerada por muitos como o lugar aí designado pois muitos Judeus, ainda moravam em Babilônia. Muito se tem escrito a favor e contra este parecer. Forte objeção a este ponto de vista vem do fato de que não existem notícia nem tradição de qualquer apóstolo ter estado na Mesopotâmia, salvo Tomé.
Uma terceira opinião é que o termo “Babilônio” aí se emprega de forma literal como um símbolo de Roma, Roma e chamada de babilônia em Ap 17 e 18, Assim, na mente de Pedro, a Roma dos seus dias lembrava a antiga Babilônia em riqueza, luxúria e licenciosidade.




SEGUNDA ESPITOLA DE PEDRO


Autor: Pedro Data: 66-67A.D

Autoria:
A questão da autoria de 2Pe é um dos problemas difíceis da crítica do Novo Testamento. Existiu uma grande demora de sua aceitação definitiva como livro canônico.
Alegam que esta epístola não foi escrita por Pedro, pois as diferenças de estilo literário e de vocabulário entre esta epístola e I Pedro são grandes, como também o relacionamento entre estas cartas com Judas impediria a autoria petrina.
O primeiro escritor a fazer-lhe menção é Orígenes (cerca de 240 A.D.) que fala das duas Epístolas de Pedro e em certo lugar cita (2Pe 1.4) , dando-lhe a denominação de Escritura.
Esta epístola não foi reconhecida como canônica, até o Concílio de Cartago, em 397, Eusébio, bispo de Samaria, tinha alguma dúvida a seu respeito e colocava-a entre os livros discutidos. Jerônimo, por sua vez, colocou em sua Vulgata, outros eruditos como Agostinho, Epifânio, Rufino e Cirilo aceitaram-na como autêntica.
Ao tempo da Reforma, Erasmo rejeitou, porém Lutero não alimentava dúvida quanto à sua genuinidade. Calvino vacilou um pouco em aceitá-la por causa de aparentes discrepâncias com 1 pedro.
Mais mesmo com fortes argumentos para sua rejeição existem fortes evidências internas que apóiam sua autoria por parte de Pedro.
O autor denomina-se Simão Pedro (2Pe 1.1). Declarando ser apóstolo de Jesus Cristo em (2Pe 3.1), afirma que já escreveu uma epístola àqueles a quem se está dirigindo agora, outra vez, em 2Pe 1.16-18, declara que viu Jesus Cristo no monte da Transfiguração.
Mostra também conhecer as Epístolas de Paulo (2Pe 3.15 ), trata-se de um judeu, pois faz citações das Escrituras do Velho testamento, Já é velho e espera em breve morrer (2Pe 1.13-14). Conhece bem a condição espiritual dos seus leitores (2Pe 1.4,12; 2Pe 3.14,17), tem intimidade com eles, chamando-os "amados" (2Pe 3.1,8 14,17).
O escritor desta usa palavras que são empregadas quase que exclusivamente por Pedro nos Atos dos Apóstolos indicando que o orador pode ser escritor desta epístola.
“Obtiveram"(2Pe 1.1; At 1.17);
• "piedade" (2Pe 1.7; At 3.12);
• "iníquas" (2Pe 2.8; At 2.23);
• "dia do Senhor" (2Pe 3.10; At 2.20);
• "salário de injustiça" (2Pe 2.13-15; At 1.18).

O escritor apela para certos fatos da vida de Pedro que são quase biográficos.
• 2Pe 1.16-18, diz “estou prestes a deixar o meu tabernáculo”.
• Como... Nosso Senhor Jesus Cristo me revelou “(2Pe 1.14)”.
• Faz referência à (Jo 13.36; Jo 21.18).
O apóstolo cumprimenta seus companheiros cristãos, mencionando primeiro seu nome antigo Simão, seguido do outro que o Senhor lhe deu, Pedro. Denomina-se servo, ou escravo, dando a entender que pertence de modo absoluto ao Senhor, a quem obedece, e apóstolo de Jesus Cristo. Apóstolo era literalmente aquele que era comissionado (veja-se 1Pe 1.1).

Destinatários
Dirige-se como em 1 Pedro a estrangeiros eleitos, mas como aqueles que, diz ele, conosco obtiveram fé igualmente preciosa. Sua fé é de igual (At 15.7-11).

Propósito
A saudação Graça e paz vos sejam multiplicadas (2) está vazada numa fórmula exclusiva de Pedro e Judas. Em 1 Pedro os crentes podem contar que Deus lhes multiplicará graça e paz nos seus sofrimentos. Podem igualmente estar certo de que receberão graça suficiente e abundância de paz para enfrentarem a apostasia que já começa a operar (1Pe 1.2). Tais bênçãos, contudo, são concedidas mediante o conhecimento que tenham de Deus de Jesus Cristo nosso Senhor.

Ocasião
Foi escrita para advertir do perigo da falsa doutrina dando uma descrição dos falsos mestres que ameaçavam a fé da igreja e exortando aos cristãos a servir-se de todos os meios para crescerem na graça e no conhecimento experimental de Jesus cristo, reprovando suas falsas afirmações (capítulo 3.1-7), e mostrando por que se retarda o grande dia da vinda de Cristo, falando de suas espantosas circunstâncias e conseqüências, exortando à diligência e à santidade.






AS EPÍSTOLAS DE JOÃO

Autor: João Data: 90 A.D


Autoria:
As epístolas que trazem o nome de João são anônimas, mais como existem afinidades entre a epístola e o quarto Evangelho no conteúdo e sintaxe a maioria dos eruditos concorda que os quatro escritos tiveram um só autor ou o escritor da primeira epístola deve ter sido alguém que recebeu forte influência do autor do Evangelho o apóstolo João, filho de Zebedeu, o autor dos quatro documentos.

Destinatários
Foi escrita em estilo homilético para os crentes de toda Ásia menor foi escrita provavelmente depois do evangelho e antes da perseguição feita por Domiciano em 95 D.C.

Propósito
A epístola foi escrita no tempo em que falsa doutrina, do tipo gnóstico, havia surgido e até levado alguns a se afastar da igreja (1Jo 2.19). “João “escreve com o propósito “pra que a nossa alegria seja completa”,” para não pequeis” e “a fim de saberdes que tens a vida eterna”. Alegria, santidade, e certeza são essas qualidades que João procura ver sem eu rebanho.
O gnosticismo assumia muitas formas, porém sua idéia fundamental parece que sempre foi à seguinte:
• A matéria é má, só o espírito é bom, porém pelo saber (gr. gnosis), de uma espécie só conhecida pelos iniciados.
• O espírito do homem pode libertar-se de sua prisão material e erguer-se para Deus.
Tal sistema se associou ou se uniu ao Cristianismo, seguiram-se resultados sérios, negava-se à possibilidade de uma real encarnação, porque, sendo Deus bom, não lhe era possível que viesse a entrar em contacto com a matéria má; e isto, por sua vez, afastava a possibilidade da expiação, porque o Filho de Deus não podia ter sofrido na cruz.
Sendo assim, se a salvação vinha pelo saber, podia-se sustentar que era de todo sem valor uma vida correta, e as piores formas de gnosticismo acobertavam, com a capa do saber, nojentas licenciosidades.

Ocasião
Esta epístola tem por finalidade, expressamente declarada, expor e contestar essas idéias errôneas. João apresenta nesta epístola três sinais de um verdadeiro conhecimento a respeito de Deus e de comunhão com Ele, sem o que era falsa toda pretensão de se possuírem estes altos privilégios, os três sinais são:
• Primeiro: justiça de vida;
• Segundo: amor fraternal;
• Terceiro: fé. “Em Jesus como Deus encarnado”;
Esses três temas surgem continuamente, aqui e ali, através da carta.


SEGUNDA E TERCEIRA ESPITOLA DE JOÃO

Autor: João Data: 90 A.D
Autoria:
Estas epístolas, são os documentos mais curtos do novo testamento, como 1 João, não trazem o nome do seu autor, que se apresenta simplesmente debaixo do nome de "presbítero". No estilo e na matéria muito se assemelham à primeira epístola, de sorte que a maioria dos eruditos está convencida de que todas as três tiveram um mesmo autor.

Destinatários
A segunda epístola parece ser endereçada a uma igreja, Chama a esses destinatários a senhora eleita e seus filhos (2Jo 1).
Adverte também a acerca da hospitalidade outorgada a qualquer mestre falso “não o recebais em casa”.
A terceira epístola é uma carta puramente particular a Gaio.


Propósito
Gaio amigo do presbítero e com quem se congratula por sua bem conhecida hospitalidade (5-6), depois de lhe mencionar o progresso espiritual (3-4), Gaio é elogiado pela fidelidade com que oferecia hospedagem, a tais visitantes, mesmo quando se tratava de irmãos estrangeiros (5), insiste com Gaio que os ajude, quando aparecerem (6), visto recusarem receber auxílio dos pagãos (7).
Pesa, portanto, uma obrigação sobre os crentes, de lhes prestarem auxílio, com o que se tornam cooperadores da verdade (8).
Queixa-se de que certo Diótrefes, que parece ter exercido um cargo de autoridade, esse homem resistiu a João, talvez suprimindo uma de suas cartas (9), não se diz que ele mantivesse idéias heréticas, mas simplesmente que era ambicioso de poder, João recomenda a Gaio com insistência que não imite esses maus exemplos (11), Adianta uma declaração doutrinária que lembra muito a primeira epístola (1Jo 3.6).
Depois louva a um certo Demétrio (12) e, como na segunda epístola, termina a carta com saudações cordiais, na esperança de um breve encontro.

Ocasião
É provável que as três epístolas tenham sido escritas mais ou menos na mesma época (lá para os fins do primeiro século), em Éfeso, onde João viveu e foram endereçadas a várias partes da Ásia Menor.


A EPÍSTOLA GERAL DE JUDAS

Autor: Judas Data: 70-80 A.D
Autoria:
O escritor desta curta epístola descreve-se como "Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago". No Novo Testamento, há vários homens com este nome. Entre os apóstolos aparecem dois, Judas Iscariotes, o traidor, e Judas Tadeu (Lc 6.16; At 1.13), "irmão de Tiago".
Tem recebido grande apoio outra interpretação que identifica o autor com o Judas mencionado como um dos irmãos de Jesus (Mt 13.55; #Mc 6.3). Durante a vida terrestre de Jesus, Seus irmãos não criam nele (Mt 12.46; Mc 3.31; Lc 8.19; Jo 7.3-9). Entretanto, são encontrados entre os discípulos no início do livro dos Atos (At 1.14), e Tiago tornou-se um dos líderes mais destacados da igreja em Jerusalém (At 15.13-21.18; Gl 2.9). E assim que muitos julgam que esta breve carta seja da autoria de Judas, o irmão menos conhecido de Jesus.

Destinatários
Esta epístola está dirigida a todos os crentes do evangelho.

Propósito
Sua intenção é resguardar aos crentes contra os falsos mestres que haviam começado a infiltrar-se na Igreja cristã, e a disseminar preceitos perigosos para reduzir todo o cristianismo a uma fé só de nome e a uma profissão externa do evangelho.
Tendo negado assim as obrigações da santidade pessoal, ensinavam a seus discípulos a viver em sendas pecaminosas e, ao mesmo tempo, os bajulavam com a esperança da vida eterna. Demonstra-se o vil caráter destes sedutores e se pronuncia sua sentença, e a epístola conclui com advertências, admoestações e conselhos para os crentes.

Ocasião
Parece ter sido escrita a alguma comunidade desconhecida de cristãos, membros de uma igreja gentílica. Essa igreja sentiu certa influência pagã.
O autor manda combater esta influência nociva, e, ao mesmo tempo, ele procura animá-los a resistir-lhe.

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